sábado, 30 de janeiro de 2010

Ensina-me a voar

Lembras-te quando o mundo desapareceu e nós fugimos com ele? Isto é tudo satírico, cheio de coisa nenhuma, onde o único objectivo é uma pessoa perder-se do resto visando encontrar absolutamente nada. Mas nada é tão subjectivo. Se eu encontrar nada terei encontrado alguma coisa, logo não estarei com nada, mas com alguma coisa que valerá nada. Mas se tivéssemos nada, qualquer coisa seria boa; mas estando cheios com nada já não há espaço para o tudo. Sabes aqueles cantinhos que estão sempre reservados? Basta que mude a comissão organizadora que eles mudam também. Encolhem-se. Estreitam-se. Ficam mais pequenos. Quase invisíveis. Eu sinto o meu cantinho invísivel. Vamos enchê-lo de cor? Todo aquele verde, todos aqueles tons de verde. Oh, verde sim, é sempre o verde, sempre foi... Desde o início até agora. Menos agora. Porque agora não é verde. Agora é nada. Deixou de não ser nada para passar a ser nada, e eu sinto falta de quando era alguma coisa. Vamos largar tudo e correr? Correr, não, voar. Leva-me contigo... Podes? Queres? Ensinas-me a voar?

3 comentários:

  1. sem limites,horários ou fronteiras, entre o pleno e o vazio, entre o pó e as nuvens...

    sinto nas linhas quem há 7 anos venho sentido

    ensina-me quando souberes

    ResponderEliminar
  2. obrigada, só é pena não estar assinado, torna-se difícil saber xD

    ResponderEliminar

Ajude-me a fazer arte, deixe a sua marca.