sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aguarela

Queremos mundos e fundos,
Queremos novos segundos,
Queremos gente no nosso coração.
Como entes queridos,
Não queremos estar perdidos,
Digo antes adeus à solidão.
Queremos vida em azul e verde
Como forte aguarela,
Onde é apenas céu e terra.
Qeremos vida proclamada,´
Queremos dizer adeus à mágoa,
Ser libertados destas rédeas.
Onde o mundo se confunde,
Queremos acender o lume
E esquecer todo o mal.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ininterrupto

Bip. Bip. Bip. O som intermitente do telefone. Todo o dia. Não sei quem liga, não sei quem fala, não sei quem é. Mais estranho ainda, não quero saber. Bip. Bip. Bip. Começa a ser muito repetitivo. Atendam esse telefone. Bip. Bip. Bip. A televisão ligada, vozes ao longe, pessoas sem cara a falarem para ninguém, ou para quem as quiser ouvir. Bip. Bip. Bip. A chamada é para ti. Mas o telefone já não está a tocar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Voa cinzento, voa

Tantos dias, tantas cores, tanto tempo passado. Tanto Sol a entrar pela janela nas manhãs já tardias. O relógio perdido com medo de ver as horas passar, as horas escondidas sem que as visse. Naquele momento em que a inspiração se encontra com o desespero e tudo não passa de palavras vazias de conteúdo, mas cheias de falta de sentido. Quero senti-las, quero vê-las, quis voltar a pô-las por escrito. Que mais falta? Falta o dia, falta a noite, falta um teclado já usado. Veio a cor, veio a luz, veio o ontem disfarçado de amanhã e perdi-me noutros dias. Noutros, num qualquer. Imensurável quantidade de emoções, perdi-as de conta. Mas o cinzento, esse voou para longe.

(Peço desculpa a todos por me ter ausentado tanto tempo, e agradeço a todos os que me pediram para voltar. Encontrei o meu Sol.)